quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Não te esqueças, ouviste?



Meu amor.
Só tu tens os caminhos do meu regresso.
Há tantos silêncios entre as palavras que me escreves 
e nas raras vezes que falamos ao telefone, fica tanto por dizer…

No meu peito um atalho, um desvio breve para ti.
Trouxe comigo o teu cheiro.
“Amo-te, amo-te.
Nunca te esqueças, ouviste”? Disseste-me tu!

Aqui, nesta guerra tudo muda de uma forma assustadora.
Por vezes, o tempo flutua como almas perdidas ou o pó das estradas. 
E eu fico assim, numa agonia a pensar em ti.
No azul dos teus olhos.

Amo-te, não te esqueças, ouviste?


Ana de Melo

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